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Do Toca-Discos ao Carrinho Virtual: Como a Internet Impulsionou as Vendas de Vinis

  • Foto do escritor: Victor Bringel
    Victor Bringel
  • 5 de mai.
  • 2 min de leitura




Por Victor Bringel


Durante décadas, os discos de vinil foram símbolo de uma era analógica, associada à nostalgia e ao ritual de ouvir música com calma e atenção. No entanto, mesmo em tempos de streaming e playlists digitais, os vinis não apenas resistiram, eles voltaram com força. E, surpreendentemente, a internet tem sido uma grande aliada nesse movimento de retomada.

Sebo Maravilha localizado na Av. Floriano Peixoto, 591 - em Uberlândia - MG. Foto: Ester Moraes
Sebo Maravilha localizado na Av. Floriano Peixoto, 591 - em Uberlândia - MG. Foto: Ester Moraes

No Sebo Maravilha, em Uberlândia (MG), comandado por Renner Beliato, esse fenômeno é visível. Embora os vinis sempre tenham feito parte do acervo da loja desde sua inauguração em 2006, foi nos últimos anos que a procura pelos discos ganhou um novo fôlego, especialmente após a pandemia. Parte desse crescimento se deve ao interesse crescente do público jovem, mas também à visibilidade e facilidade que a internet oferece.


Segundo Renner, cerca de 40% das vendas do sebo atualmente ocorrem online, incluindo os LPs. Plataformas de venda e redes sociais têm permitido que sebos como o Maravilha alcancem um público muito além de suas cidades, conectando colecionadores e curiosos de todo o país. Com isso, discos raros, edições especiais e clássicos do acervo ganham nova vida ao circularem em marketplaces e feiras virtuais.

A internet também, que ao influenciar e democratizar o acesso à informação: jovens que antes não conheciam os discos passaram a descobrir artistas e álbuns através de vídeos e recomendações em redes sociais. Essa curiosidade, muitas vezes iniciada online, acaba levando o público aos sebos físicos para viver a experiência do "garimpo", uma prática valorizada por colecionadores.

Por outro lado, Renner destaca que a internet também trouxe desafios. A facilidade de venda online e o crescimento do número de colecionadores dificultam a reposição de materiais raros, já que muitos vinis acabam ficando nas mãos de quem prefere manter as peças em acervo fechado.

Ainda assim, a combinação entre tradição e tecnologia tem sido uma fórmula positiva para o mercado de vinis. Entre prateleiras de madeira, capas clássicas e scroll na tela do celular, o som do vinil continua ecoando, agora, também pelas redes sociais.


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